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sexta-feira, 1 de maio de 2009

A incerteza e a certeza caminham juntas! O ambiental deve ser tratado com cautela...

Não estou tentando confundir ou ser abstrato o suficiente para que as afirmações possam depois serem aplicadas a torto e a direito. Nem pretendo ser arrogante o suficiente para que seja usado para algo além do que montar um mapa mental próprio, mas como aqui é um espaço de propagação de ideias e indagações, os resultados, implicações e repercussões do que pode ocorrer depois que saem do controle e do espaço separado pela caixa craniana é múltipla, complexa e praticamente imprevisível. Nesta geração que nos encontramos ao final da primeira década do século XXI, em muitos aspectos visualistas, bombardeando informações, "hits", manias, marcas, modismos, sobreposições superficiais e na maioria passageiras.
Isso leva a uma situação de incertezas constantes na sociedade, a necessidade de adaptações e atualizações se torna exigência profissionais e padronizada. Os próprios produtos tem um limite temporal de uso até se tornar ultrapassado ou obsoleto (comentado em 29/11/2008 sobre a questão do consumo). A própria noção de tempo e espaço viram questões de profunda reflexão e preocupação (o livro de David Harvey "Condição Pós-Moderna" de 1993 é uma ótima referência; também diversos outros pensadores em linhas e percepções diferentes:
Edgar Morin, Enrique Leff, Boaventura de Souza Santos, Dimas Floriani, Manuell Castells, Gustavo Lins Ribeiro, Nestor Canclini e tantos outros) tornam cada vez mais difícil sustentar afirmações ou defender certos pontos sem que haja críticas, ponderamentos e refutações.
Posições contrárias são produtivas e necessárias para o debate atual e são importantes para desenvolver, discutir, enriquecer e ampliar ideias e pensamentos para entender a sociedade. O que fundamenta uma ideia pode perder parte da validade se ocorre uma mudança de perspectiva ou um entendimento diferente. É complicado dizer o que é certo ou o que pode ser "mais certo" ou até "menos errado" para ser explicativo. Talvez podemos arriscar em dizer qual seria a adequada, mas ainda assim com ressalvas.
Arriscar é importante, principalmente quando estamos falando de cautela, não por parecer um movimento contraditório e só por isso importante, mas por que deve nos levar a pensar e repensar todo o processo que nos levou a sociedade atual, considerando ganhos e perdas, analisando impactos de decisões e descobertas e daí para onde vamos é quase um jogo de adivinhações. Quebrar com o modelo, padrões ou ideias que vivemos, aceitamos e nos é dado e até imposto, mesmo sem o uso de força que fica internalizado e enraizado é uma atitude que exige um desprendimento e uma dose de audácia que também leva a inquietação e até um certo desespero, afinal é quase um salto para o abismo. Não é o fim do mundo, mas pode ser o "fim do mundo como o conhecemos" (como é traduzida uma passagem da letra de música do R.E.M.).

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