Home/ Início

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Metáforas, mitos e encontros sobre as diversas formas de pensar e os diversos pensamentos ambientais.

Já se perdeu pelo título? Achou o título confuso? Muito a se pensar ou questionar ou apenas um monte de "lorotas"? Talvez, mas vamos a exposição e explicação dos motivos deste texto: Para ser mais fácil compreender vamos começar pelo final - Há diversos pensamentos e diversas formas de pensar as questões e os desafios ambientais, isso é um fato: a própria definição de ambiente e quais são os principais problemas e as ordens e prioridades a serem consideradas varia de pessoa para pessoa. Como então falar sobre o que é certo e qual a solução a ser tomada?
Vamos nos lembrar que as soluções são múltiplas e os caminhos variados, achar que há apenas um modo de agir e uma forma de pensar é cair em um erro drástico, também não significa que muitos dos caminhos e pensamentos não possam levar a lugares próximos.
Um exemplo pode ser mais interessante neste momento. Vamos considerar a questão da poluição: Há muitas variáveis envolvidas, muitos problemas a serem considerados. Quais as causas e consequências da poluição? O que podemos fazer ou qual a melhor forma para evitar ou diminuir este problema? É mesmo um problema? Podemos viver sem ela ou há um ponto em que "precisamos" dela? Inúmeras outras questões e considerações mais específicas podem ser feitas. Mas para nosso propósito fica claro o quão extensa a discussão pode chegar, isso se considerarmos uma definição só e um só tema.
Mas o que as inúmeras propostas e discussões que encontramos nas questões ambientais tem a ver com as metáforas, mitos? Vamos continuar com o tema poluição. Se considerarmos que há mais problemas do que benefícios com o que acontece hoje em dia é comum que se tente fazer algo a respeito e em diversos setores da sociedade. Os mitos e metáforas se ligam a ramos culturais, políticos e acadêmicos, escritores, contadores de história, jornalistas e muitos outros podem ser capazes de criar, narrar, divulgar e debater fábulas, "boatos", lendas, fatos que ao chegar nos ouvidos do grande público ou da massa, ou da sociedade, com queira nos classificar fora de um espaço específico ela pode virar uma teoria da conspiração (afinal quem não ouviu falar de mutações através de despejos químicos e tóxicos em determinada região, geralmente isolada, de um certo país em algum tempo)..
Todas as, ou pelo menos as melhores e mais divulgadas, histórias são aquelas que misturam fatos verídicos com
contos e fábulas com uma moral embutida: um pequeno acaso pode levar o ato de poluir a consequências desastrosas e prejudiciais, criando monstros, epidemias, até o fim do mundo. O número de doenças modernas envolvendo a poluição são inúmeras, afinal são vários os tipos de poluição também, já se ouviu falar em doenças e alergias causadas por ondas de rádio e eletromagnéticas - ainda não há provas, mas os pacientes crescem a cada dia.
Mitos e metáforas são excelentes para ensinar pessoas de qualquer idade, dentro destes contos fabulosos existem verdades e argumentos que podem ser mais contundentes e aceitos que teses e comprovações científicas. Isso ajuda a aceitar e mostrar certas situações de uma forma mais subjetiva e, às vezes, mais "sentimental", necessário para facilitar a discussão. Estas visões que são mostradas, são particulares e tendenciosas, mesmo que sejam muito bem explicadas, defesas contundentes e apaixonadas ainda são visões particulares (de indivíduos ou grupos) que podem ou não ser aceitas pela maioria da sociedade.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Desejos, considerações e reflexões ao começo de mais um ano

O ano que passou (2008) nos mostrou muitas possibilidades e oportunidades para a questão ambiental, assim como os anos anteriores a estes, infelizmente muitas destas supostas oportunidades não foram aproveitadas, pelo menos não como poderiam ser. Mas é de se esperar que a situação melhore. Temos pela frente muitas opções a serem tomadas, nós enquanto sociedade não podemos ignorar assuntos tão importantes e que se relacionam direta ou indiretamente com o debate ambiental: educação, saúde, fome, trabalho, lazer, paz, segurança, integração, cultura, etc. E cada um destes pontos deve ser levado em consideração.
Não podemos ignorar a educação, conhecimentos, saberes, cultura, conscientização e práticas que afetam a todos, especialmente as gerações que ainda nem existem. Para isso é preciso que outras preocupações prioritárias sejam englobadas nesta discussão: não há saúde que dure sem um espaço e um ambiente propício e equilibrado (vide novas doenças que surgem); não há condições dignas de vida sem o acesso a recursos básicos e de qualidade: transporte, hospitais, escolas, repartições e agências governamentais entre outras; dignidade e principalmente respeito em todos os fatores citados e também sobre muitos que não foram ditos, mas é importante para alguém.
Aliás, Respeito é um tema que deve ser levado mais em conta e mais a sério. Pode parecer algo comum, mas é uma forma mais eficiente de se preservar algo, seja um relacionamento, uma amizade ou mesmo o ambiente. Respeito não é ser temerário ou subordinado, capacho ou algo do gênero: "Respeitar para ser respeitado" é quase uma frase do dito comum e tem muito sentido, afinal de contas o respeito para a convivência social deve ser mútuo. Respeito é uma política de boa vizinhança, independente de qual ou quem seja, inanimada ou não. E sempre deve começar com você mesmo - sem respeito próprio, como haverá chances de respeitar algo ou mesmo ao próximo?
Vivemos em uma sociedade complexa, diferenciada por costumes, regiões, economias, políticas, culturas, histórias, práticas, ideais e ideias que são expressas de uma forma singular e que podem sofrer mutações e adaptações ao longo do tempo. Mas compartilhamos coisas em comum, não apenas o fator "humano", mas também o planeta "Terra", que por maior que seja é um só, também em suas inter-relações bio-fisio-químico complexas. Fazemos parte deste sistema tanto quanto as baratas ou formigas, mesmo que pareça para nós algo nojento para algumas pessoas. Se nos expressamos e raciocinamos diferentes, se dominamos tecnologias e a própria "natureza", como alguns pensam, isso não vem ao caso aqui. O importante é perceber que ainda assim pertencemos a esse sistema global.
Dada estas considerações, espero que 2009 seja um ano melhor, de mais atitudes, de mais respeito, de mais amor. Sim, amor é uma forma de respeito, admiração, carinho e atenção, necessário a todos os seres. Com suas mais variadas formas de expressão. Enfim, temos a discussão do clima com o pós-Protocolo de Quioto a ser discutido; (Bio)Pirataria; Transgênicos e Organismo Geneticamente Modificados; Tecnologias Nucleares e Energias Alternativas; Educação, Ciência e Cultura para a Sustentabilidade. etc. etc. Discussões que estão em diferentes caminhos, mas que se encontram em diversos pontos e precisam de uma interação maior: multi, poli transdisciplinar, transversal e transparente, constante, ética, justa e responsável.
Espero que sejam encaminhadas medidas e ações mais efetivas e eficientes que todos possam contribuir já é o começo!