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sábado, 20 de dezembro de 2008

O "Ser" Sustentável é uma ideia, um conceito ou uma possibilidade?

Pensar a Sustentabilidade não é uma tarefa simples. Principalmente quando não sabemos realmente o que é ou não "sustentável". Para simplificar o pensamento e levar a uma reflexão maior, vou usar a definição mais aplicada no termo "desenvolvimento sustentável" - que é atender as necessidades presentes pensando e garantido a qualidade de vida das gerações futuras (idéia presente no Relatório Brundtland, intitulado Nosso Futuro Comum de 1987).
Não basta apenas considerar as gerações futuras, é preciso pensar na situação atual, na questão ética, política, social, cultural, enfim, em todos os aspectos que envolvem nossas vidas. Hoje em dia o termo "sustentável", comumente aplicado em diversos planos, idéias, propagandas, metas que envolvem diversos lugares, pessoas, culturas e sociedades, mas será que a definição, o entendimento, a vontade, a aplicação e o comprometimento é o mesmo? Não podemos esquecer que as pessoas por mais que vivam em sociedades e compartilhem muitas coisas, locais e experiências são únicas e tem noções e idéias "individuais" - mesmo que algumas delas sejam compartilhadas por outros tantos indivíduos é difícil todas serem - e sua intensidade e importância também variam. São vários fatores a serem considerados e que passam a ser relevantes
Mas a idéia deste texto não é ser pessimista, mas aproveitar para ressaltar as possibilidades que a Sustentabilidade nos apresenta. Não apenas uma forma de desenvolvimento humano e tecnológico, mas considerando a responsabilidade, a ética, o futuro, culturas e sociedades que fazem parte dos diversos processos e práticas cotidianas. A questão ambiental também é, como já disse, uma questão pessoal e por isso a importância da conscientização nos diversos níveis: familiar, local, global, nacional, internacional, interestatal, acadêmico, governamental, escolar etc. Pensar e agir sustentavelmente é um trabalho em progresso, em constante
transformação e adaptação que não pode parar, mesmo quando for eficaz e eficiente bastante para ser algo "comum".

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Tecnologia(s) do Futuro, futuro das tecnologias. Poder, Conscientização, Possibilidades

O que dizer dos desenvolvimentos tecnológicos? Será que contribuem para melhorar nossas vidas? Será que serão os grandes vilões? O que podemos esperar?
Embora exista uma série de questionamentos sobre o futuro e o que nos aguardam pela frente, não podemos esquecer os principais processos que nos levam a "descobertas" ou "invenções" capazes de mudar a sociedade como um todo; seja através de
sonhos (representados pela curiosidade e vontade humana), a necessidade que é o outro "motor" do desenvolvimento científico e até mesmo por acidentes ou "sorte". Quero dizer que há uma série de fatores que devemos considerar que estão intimamente ligados com o próprio desenvolvimento humano e que moldam as sociedades existentes e a nossa imaginação, a própria linguagem e a comunicação estão ligadas diretamente ao poder e está ao lado, por exemplo, de grandes "descobertas" como ao uso do fogo e da roda. Mesmo que estes elementos nos pareçam comuns e cotidianos eles são fundamentais para nosso modo de vida, afinal de contas sobreviver sem o uso do fogo para nos aquecer, cozinhar nossos alimentos, espantar animais, moldar metais e vidros etc. A roda que permitiu maior agilidade, velocidade e que uma maior quantidade material fossem transportados por longas distâncias com um uso muito menor de força é usada até hoje nos mais diferentes tipos de transportes, mesmo nos transportes aéreos há o uso da roda para pouso e decolagem. Mas sem a escrita e o poder de comunicação através da linguagem não há como saber se o fogo e a roda seriam desenvolvidos como são atualmente até se tornarem parte de algo muito maior do que eram inicialmente.
O acúmulo de conhecimento, saber e informação permite o desenvolvimento das tecnologias humanas pela sua capacidade, praticamente ilimitada, de "reter a memória" da humanidade através de livros, quadros, fotos, vídeos, artigos, ensaios, gravados no papel, eletrônico ou digitalmente. Isso nos permite entender nossos próprios pensamentos, mas também compartilhar e desenvolvê-los. Aliás a própria capacidade de desenvolver nossos pensamentos é influenciada pela família, pelos amigos, pela escola, professores, livros e lugares que vemos e apreendemos além de uma complexa relação envolvendo além dos fatores citados, há sentidos mais subjetivos e sentimentos que não podem ser ignorados nestes processos.
Há um fator humano no desenvolvimento das tecnologias, manifestados por determinados gostos e interesses pessoais que não são necessariamente iguais, não importando se são pessoas que trabalham para um mesmo projeto ou objetivo. E, pode parecer contraditório para alguns, mas a existência da diversidade é um fator positivo em muitos casos. Um problema que não se encontra uma solução, por exemplo, pode se beneficiar por abordagens e pensamentos "diferenciados" e diversificados. Mas também é preciso cautela justamente pelo fator humano implicar emoções, sentimentos, erros de julgamento e cálculos que parecem bons na teoria ou discurso, mas muitas vezes impraticáveis ou, quando o são, não chegam nem perto de suas propostas ou metas.
O que isso implica para o futuro e suas relações com o poder, a cultura e a sociedade? E como devemos agir perante esses questionamentos que surgem com o tema? Não importa como serão desenvolvidos as "novas tecnologias", se elas não considerarem a história, a cultura, a sociedade e outros tantos fatores de forma abrangente, complexa, integrante, ética, suas causas e consequências podem se tornar motivos de preocupação ou motivo nenhum.