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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O que estamos fazendo de certo?

Hoje andei pensando um pouco sobre como retornava a escrever e percebi que os relatos e as notas escritas tem em sua maioria aspectos de impessoalidade, esse meu estilo de escrita foi assim motivado por uma vontade de organizar meu pensamento, discutir e refletir temas e assuntos, sem tomar um partido, defender ou desacreditar ideias e fatos.
É claro que nem sempre isso é possível e nem sempre é essa a proposta. Mas eu acredito que podemos falar de muitos assuntos e temas sem precisar ser unidimensionais e irracionais só por considerar uma visão de mundo como "melhor". O que isso significa?
Vamos entrar em um terreno nebuloso e pouco compreendido, mas que como será polêmico acho que o exemplo será bem entendido e já retoma muito do que já disse. Iniciemos essa reflexão com uma pergunta aparentemente simples: Qual religião é a melhor? Ou melhor, existem religiões?
Para muitas pessoas essas são perguntas realmente simples: "a melhor religião é aquela em que se acredita, da qual faz parte, que te conforta, acolhe e completa". Para outras essa é uma pergunta mais complexa e que exige pensar em outras séries de questões: Estamos falando de melhor em termo de adeptos? De crentes? De números de milagres? O que é religião? O que define o que é ou não melhor? Isso é uma questão quantitativa? Qualitativa? Moral? Ética? Em como influência e tem impacto no cotidiano? E uma série de outros questionamentos intermináveis contidos em uma "simples" pergunta, que não será respondida aqui.
Não é essa a intenção, nem o foco que motivou tal exemplo. A questão religião pode ser trocado por outro, ainda assim existiria polêmica: música, time de futebol, moda, ideia, teoria, desenvolvimento etc etc... Não é a religião em si que nos interessa agora, mas as implicações que essa e outras discussões geram.
O que é melhor? Isso é o que me interessa discutir hoje, mas convenhamos que isso também é uma questão pessoal. Assim como cada um tem uma religião e, embora ela possa ser compartilhada por milhares de outras pessoas existe sempre um nível de interpretações , aceitações, convicções e práticas que são individuais e até únicas. O que significa que embora haja uma religião, esta é composta por várias outras vertentes e implicações, uma visão dominante não significa uma visão única.
Dito isso a conclusão é óbvia: o que é bom para um não é para outro e vice-versa. Então, quer dizer que é impossível termos o melhor planeta para todos, pois sempre alguém vai ser prejudicado? Devemos ter cuidado, então, para que a visão de uma minoria não seja imposta, nem que a maioria dominem e subjulgem a minoria?
Nem sempre se pode dizer o que é melhor. Em certos casos isso é uma visão muito relativa e a religião é um tema expressivo, pois sugere uma coisa que está presente em poucas reflexões: Embora esteja intimamente ligada ao humano é uma daquelas questões que ultrapassam a simples humanidade, que tentam explicar tudo ou quase tudo, até criar normas e regras de conduta e ação. O Humano nesse caso é secundário, respondendo, em certa medida, à forças maiores que "qualquer coisa".
São questões complicadas de se pensar e analisar, mas que trazem maiores reflexões e questionamentos pessoais. Responder algumas das perguntas levantadas aqui é conhecer um pouco mais de si mesmo e quando se conhece melhor é mais provável a chance de "escolhas conscientes", de "ações planejadas" e de poucas chances de arrependimentos futuros. Não podemos esquecer o contexto e as implicações e consequências das escolhas.
Li uma frase muito boa em uma edição do jornal da Associação de Professores do Estado de SP, ou algo parecido, se não me engano foi uma frase de um concurso publicado pelo jornal que envolvia a questão ambiental e diz mais ou menos assim:

Sempre se fala sobre a preocupação do mundo que estaremos deixando para os nossos filhos.
Deveríamos nos preocupar também em que filhos estamos deixando para o mundo.

A pergunta do título não é só uma questão sobre as escolhas que fazemos, mas também como elas são feitas e quando. Também não posso ignorar o poder das ideias, da cultura e do pensamento seja individual ou não.

Férias longas, mas sem o descanso devido.

Olá, sim por um momento achei que não iria conseguir dar continuidade, mas depois de uma (férias???)_ corrida, estarei de volta, tentarei ser semanal, mas há coisas que estão além da minha capacidade, independente do que ocorre entre o céu e a terra... por enquanto espero que apreciem mais um pouco de seja lá o que estou fazendo aqui!